
As mudanças na reforma tributária repercutem no mercado imobiliário trazendo simplificações de impostos e mudanças no trabalho do corretor.

É, corretor, a Reforma Tributária 2026 já está sendo implementada agora mesmo e traz mudanças para o cenário imobiliário também. Você já tá por dentro do que vem por aí?
Segundo o Creci-RJ, a reforma não é só mais uma atualização legislativa. Na verdade, trata-se de uma verdadeira transformação cultural na forma como o país lida com tributos.
Na prática, as mudanças trazem uma oportunidade para reduzir a informalidade no seu trabalho. A ideia é que haja mais transparência e segurança no serviço de corretagem de imóveis.
Mas afinal, quais mudanças são essas? É o que vamos abordar aqui neste artigo. Continue lendo e já se antecipe à nova lei.
Como o nome já sugere, a Reforma Tributária propõe alterações no sistema de tributação brasileira, procurando simplificar e formalizar aspectos dos serviços.
Ainda em fase de implementação, a reforma é um projeto do Governo que começou em 2023, quando a PEC 45/2019 foi aprovada.
Desde então, ela foi sendo discutida, passou por algumas mudanças e debateu a diminuição de alíquotas e impostos.
A reforma começa em 2026, mas em caráter de teste. O que isso quer dizer? Quem ela ainda vai conviver com os antigos tributos. Mas você e seus colegas corretores já podem se adaptar às mudanças propostas.
Ela só vai passar a ser plenamente vigente entre 2029 e 2033, quando os impostos IBS e CBS vão ser oficiais.
Mesmo assim, por que é importante que você já se prepare de acordo com a Reforma Tributária, corretor?
Se antecipar às mudanças vai te colocar na frente dos seus concorrentes, conquistando o diferencial de profissionalismo. E isso pode resultar em mais vendas, um negócio consolidado e garantido ao longo dos anos.

As mudanças vão passar a valer para todo o setor de consumo e serviços, porém não serão ainda obrigatórias porque vão ser testadas. Mesmo assim, vamos focar nos impactos que elas vão trazer para dentro do cenário imobiliário, ok?
Vamos lá.
| Antes | Agora |
|---|---|
| Impostos tradicionais: PIS, Cofins, ICMS e ISS | Unificação no Imposto de Valor Adicionado (IVA). Ele é dividido em Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) |
| Carga tributária alta | Redução de 70% nas alíquotas envolvendo locações e de 50% nas demais operações imobiliárias |
| Redutor social do aluguel era R$ 400 | Agora é de R$ 600 |
| Compra e venda entre pessoas físicas não são tributadas | Essa regra foi mantida, mas com algumas exceções |
| Imposto era cobrado no valor total, sem redutores sociais para pessoa jurídica | Imposto vai incidir apenas na diferença entre o custo de venda e valor do terreno – Com redutor social de R$ 100 mil. |
| Construtoras pagavam impostos sobre os materiais de construção e depois sobre a venda dos imóveis. | Agora o valor dos impostos pagos nos materiais de construção serão abatidos do valor final de tributos. |
Agora, se você é pessoa física, corretor, vale a pena ficar de olho nos seguintes casos:
Caso você seja enquadrado nesses critérios, pode ser que você tenha que pagar taxa pelo serviço de intermediação ou administração dos aluguéis e vendas de imóveis.
Mas calma. Mesmo dentro das exigências acima, você NÃO vai ter que pagar nada em 2026. Como afirmamos antes, a lei só vai ser absoluta lá pra 2029. Até lá essas alterações vão conviver com o antigo regime tributário para dar tempo do mercado se adaptar a elas.
No geral, a reforma visa fiscalizar o mercado. Por isso, uma das mudanças é o cadastro nacional de imóveis, que vem sendo chamado de “CPF dos imóveis”. O objetivo é trazer mais transparência às transações imobiliárias.
Para você que é corretor, trabalha com administradoras ou presta serviços imobiliários, a Reforma Tributária 2026 não é apenas mais uma burocracia. Ela é uma redefinição da atividade do setor, revelando como seu trabalho será tributado e organizado daqui para frente.
Mas claro, reforçando, tenha em mente que essas mudanças estão sendo discutidas e em fase de testes. Por isso, elas podem ser alteradas a qualquer momento.
Vamos ver como isso se traduz na prática para cada parte do seu serviço, corretor.
Com a nova estrutura da Reforma Tributária, a tributação sobre locações pode mudar. As alíquotas e as regras de tributação podem ser ajustadas, como vimos na tabela acima.

A locação de imóveis pode pedir maior atenção dos locadores e administradoras, exigindo emissão correta de notas fiscais, declaração e conformidade tributária.
O que isso quer dizer? Que, talvez, haja mudança nos valores de alugueis para baixo ou pra cima. Vai depender de como os contratos vão se enquadrar às novas exigências.
Para inquilinos, proprietários e administradoras, é fundamental manter contratos claros e documentação organizada.
Como você bem sabe, corretor, as comissões são descontadas dos serviços de intermediação, administração e gestão.
Mas com o novo modelo, essas atividades terão novos tributos IBS e CBS. Isso pode mudar a carga tributária da comissão ou da taxa de administração. Ou seja, pode ser que esse serviço receba uma taxa extra.
Importante: em debates recentes, entidades como Cofeci e CRECI conseguiram incluir uma regra especial para corretores. As alíquotas foram ajustadas para evitar que a tributação torne o seu trabalho inviável.
Você deve ter notado, corretor, que a Reforma Tributária 2026 também muda os impostos para empresas que vendem imóveis novos.
Agora, o tributo será aplicado sobre a margem da venda, mas com o benefício de redutor social a R$ 100 mil. Isso pode tornar o mercado mais competitivo e atrativo.
Na prática, essa reformulação afeta diretamente o preço final para compradores e pode mudar o comportamento do mercado imobiliário.
Ou seja, talvez esse impacto seja percebido no volume de vendas
e nas comissões dos corretores.
Isso quer dizer que os valores dos imóveis podem baixar.
É possível prever que as mudanças na Reforma Tributária 2026 vão criar um novo cenário no mercado imobiliário. Com isso, a sua realidade, corretor, também será diferente.
Mas, de novo, vale lembrar que, mesmo com sua validade começando a partir do ano que vem, ela ainda vai aceitar as cobranças de impostos antiga.
O que você pode fazer é se ANTECIPAR à obrigatoriedade lá em 2029. E como você pode fazer isso?

Na realidade, você não precisa fazer nada, corretor. Como as mudanças estarão em caráter de teste, os antigos impostos ainda continuam valendo. Então se você já está em dia com eles, nada tem a se preocupar.
Porém… caso queira aproveitar as oportunidades e minimizar riscos futuros com a Reforma Tributária 2026, vale seguir este passo a passo:
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A reforma tributária vai aumentar os impostos para os corretores?
Depende. A proposta aprovada prevê alíquotas reduzidas para o setor imobiliário, justamente para evitar que a intermediação fique inviabilizada.
O que muda na tributação da locação de imóveis?
A locação agora segue o novo regime fiscal com o IBS e CBS. Isso exige mais formalidade. É preciso emitir notas, ter contratos claros e seguir as regras de tributação.
Quem vende imóveis vai pagar mais imposto?
Para vendas de imóveis novos por empresas, o imposto vai cair sobre a margem da venda. Há possibilidade de dedução de créditos de insumos e isso pode tornar a venda mais justa e evitar repasses abusivos.
Corretores precisam emitir nota fiscal obrigatoriamente?
Agora sim. Principalmente quando prestam serviço de intermediação ou administração. A formalização vai ser a nova regra para garantir segurança jurídica.
O que muda para aluguéis de pessoas físicas?
Para locações realizadas por pessoas físicas que não atuam profissionalmente com imóveis, a tributação pode ser menor. Mas recomenda-se acompanhar regulamentações locais e manter contratos e recibos organizados.
A reforma favorece imóveis populares ou de alto padrão?
Há previsão de redutores sociais e alíquotas diferenciadas para tornar imóveis populares mais acessíveis. Isso pode ampliar a demanda e favorecer o mercado residencial de locação e venda.
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Rodrigo Roddick é jornalista, escritor e redator na Alude. Com MBA em Jornalismo Digital e mais de 14 anos de experiência no mundo literário, é especialista em criar textos de forma criativa e estratégica. Ele domina diferentes estilos narrativos sempre com o propósito de aproximar o leitor do conteúdo que deseja consumir. Rodrigo já foi editor e redator de resenhas, artigos, reportagens e notícias que refinaram sua escrita; agora aplica esses conhecimentos na Alude para contribuir com a missão de descomplicar o universo de informações do mercado imobiliário. Nas horas vagas, ele escreve e lê livros de ficção, assiste filmes e séries e vai se aventurar na natureza desse mundão.